segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

#95 - Hey, meet my sister!

Sexta-feira foi um dia importante. A verdade é foi porque fui à aula das 8:30 numa sexta-feira, inédito! Depois peguei em mim e a direcção era o Termini, onde além de uma mulher sinistra a gritar "BON NATALE!" estava o chamado Leonardo Express. A direcção? Fiumicino. O motivo? Raquel.

Quem diria que um dia voltava a ver Raquel?, teria dito o Manel Cruz. Apanhámos o autocarro de volta para o Termini, sempre a por novidades em dia, depois viemos deixar as coisas a casa onde a Raquel deu os presentinhos de Lisboa: croquetes e pastéis de nata, que são as coisas que eu tinha mais saudades (bifes da Portugália não iam chegar cá comestíveis). O tempo é que não estava muito nosso amigo, mas mesmo assim fomos para a Piazza di Spagna para almoçar e aproveitar bem o dia. Estava a chover a potes e alguém se esqueceu do chapéu de chuva, portanto estivemos só a ver lojas na Via del Corso e claro que a pergunta era inevitável: "Gemelli?" "No, ma siamo sorelle!" - e isto aconteceu mais do que uma vez. À noite tivemos um jantar de família com o Maxime e com a Marta e depois fomos para uma festa em casa da Begoña, do Raúl e da Alejandra onde a Raquel foi apresentada a todos os amigos erasmus que acharam que eu e a minha sister éramos iguaizinhas. A Marta foi buscar a Maria, a Marta e a Filipa ao Termini, o Maxime ficou na festa e eu e a Raquel fomos para o Gilda mandar uns bailes, ha ha ha.


No dia seguinte, visto que não nos deitámos nada cedo, acordámos às 11 e fomos passear a pé: Colosseo, Circo Massimo, Boca della Verità, Pantheon, Piazza Navona, Campo di Fiori e depois fomos para os Museus do Vaticano ver a Capela Sistina, visto que seria impossível nos dois dias seguintes. À noite tivemos um jantar de meninas - as 6, em pares de irmãs! - no Formula Uno, claro. Ainda fizemos uma flash appearence na festa de anos do Stefaan e da Lisette que era no telhado. De relevar que o telhado tinha uma vista brutal que eu não via há meses sem fim: viam-se as luzes todas da cidade! Tive um mini momento de nostalgia da vista lá de casa (que agora da minha janela vejo muito bem a sala do vizinho do prédio da frente), mas depois decidimos voltar para casa e quando nos fomos deitar, depois de recebermos uma mensagem que alegrou e muito a nossa noite tomámos uma decisão que iria mudar o dia seguinte.

A antecipar o dia 15.02.2009

5:30 da manhã toca o despertador mas decidi que tinha direito a mais 25 minutos de ronha - isto significa que eram 6:30 quando saimos de casa para o nosso programa: ver Roma de madrugada, como eu nunca tinha visto. Piazza Barberini, Fontana di Trevi, Chiesa della Trinità dei Monti, descida das Spanish Steps, Piazza del Popolo, Via del Corso, Piazza Colonna, Piazza Venezia, Piazza Argentina, Isola Tiberina e dirigimo-nos para a Porta Portese, para a Feira da Ladra aqui de Roma. Depois de quilómetros a andar na feira ainda fomos a pé para a Piazza San Pietro onde chegámos por volta das 11:45 para ver o Papa - que também falou em português!
Depois a Raquel quis muito vir a casa tomar banho e viemos, para depois nos dirigirmos a Trastevere e irmos à Igreja de Sta. Maria in Trastevere e jantarmos no Carlo Menta. O fim do nosso dia (de notar que isto foi TUDO A PÉ menos as viagens casa-Barberini, Vaticano-casa e casa-Trastevere) foi na Via Veneto.
O último dia também começou cedo - fomos ao Termini deixar as malas e dirigimo-nos imediatamente para o Vaticano (repararam que fomos lá todos os dias?) para subirmos pela primeira vez os 500 e muitos degraus até ao cimo da cúpula. Muita claustrofobia e vertigens depois chegámos lá acima - vale a pena.
Depois disto entrámos na basílica onde estava missa a decorrer mas nós fomos para o Termini outra vez. A visita da Raquel estava a acabar e lá fiquei no Binario 24 a ver o comboio a ir embora.
Em jeito de conclusão, tenho a dizer que não podia ter sido melhor. Foi uma novidade termos sido confundidas com gémeas - nunca tinha acontecido! Ah e também perguntaram se a nossa mãe era chinesa. Ou macaense vá. Acima de tudo, sabe sempre bem ter aqui a família e saber que vais voltar: ainda faltam provar 46 sabores de gelado!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

#89 - Ljubljana!

Estou de volta de Ljubljana! Após entrar no comboio para Veneza na quinta-feira, e de depois trocar para um outro com destino a Budapeste e paragem na Eslovénia, tendo uma viagem que não posso de todo categorizar no "agradável" - sim, o comboio pára no meio do nada com as luzes todas apagadas - lá cheguei, e tinha à minha espera a minha querida Maria e a Kate. Para me receber tinha também -3ºC, nice! Fomos comer o tal kebab que vos falei e fomos para casa dado o adiantado da hora.

Os dias na Eslovénia acabam às 4 e pouco da tarde. Sim, no segundo dia a Maria teve que ir fazer um trabalho de grupo com uns polacos e claro que quando acabou já era "de noite", mas nós fomos para o centro. Meus amigos, nevava e bem! Pelos vistos foi o primeiro grande nevão desde que eles lá estavam (os outros tinham sido mais pequenos, vá) e ficámos muito felizes de termos os nossos guarda-chuvas connosco. Eu que de manhã tinha decidido levar as pantufas tive que me arrepender da minha decisão quando senti uma pocinha no pé. Mas não foi grave, ainda demos umas voltas, fizemos umas compras e fomos ao supermercado comprar ingredientes para o jantar, que foi na "nossa" casa com a Kate, o Scholes e o Miguel. Jantar esse que tenho a dizer que estava muuuinto bom, sim houve uma tentativa de o transformar em waffles mas passámos por cima disso, visto que a Maria é fantástica em situaçoes-limite.

ja nao se ve disto em lado nenhum!

O relevante no Sábado, além de ter feito a minha primeira luta de neve (o nevão de sexta não foi em vão... acordámos e estava tudo completamente coberto!), tivemos uma festa em casa das Andreias por causa dos anos da Catarina que às tantas se tornou gigante visto que os polacos do corredor também estavam nessas andanças, e vi finalmente a segunda pessoa a visitar em Lubi: a Sara Banazol! As circunstâncias não foram as melhores, mas combinámos estar juntas no dia seguinte, o meu último dia por aquelas paragens... o que acabou por não acontecer. Aos Domingos está TUDO FECHADO. Tudo! Com excepção do mercator. E de um bar onde a Maria nos levou que juro que parecia um clube de strip. E da bomba de gasolina, como nós e o Miguel descobrimos à noite (preço: uma molha gigante. Depois da neve...) quando fomos comprar bolachas. Mas como já devem ter percebido, eu vinha-me embora no Domingo. Segunda de madrugada! Pois é.


em casa das Andreias, nos anos da Catarina

tipica cara: zona pedonal.

tirem as vossas conclusoes sobre o bar...

O que aconteceu foi que achei por bem ficar lá mais um dia. E os meus patrocinadores acederam ao meu pedido, portanto assim foi. Segunda feira acordar cedo, visitar a cidade, fazer compras e ir ao Castelo. Tudo isto com luz do dia, portanto imaginem a nossa pedalada. No castelo eu e a Kate ainda ficámos a escrever postais e to-do lists no café enquanto bebiamos capuccinos e chocolates quentes. Fomos a casa para eu ir buscar as malas e levá-las para a estação, jantei com a Maria e depois fomos para o spot das segundas-feiras lá: o Parlement. E aí sim, estive com a Sara mais umas horas (que me pediu encarecidamente para não voltar e eu ainda pensei duas vezes...) e depois era a minha hora mesmo. Estação e lá fui eu. Outro comboio assustador, não encontrar posição para dormir, um homem a ressonar e a carruagem dos fumadores, yes.


Para concluir a minha história só quero dizer esta viagem foi o melhor que podia ter sido. Estava a precisar de ver a Maria, tinha as maiores saudades de estar com a Sara e gostei imenso de conhecer os amigos das duas que foram impecáveis. B - MUITO obrigada. Estamos quase!