Como se aperceberam, houve aqui um grande gap entre o post anterior e este - 13 dias! - e isto tudo porque tivemos umas mini-férias e na quarta-feira fomos de viagem: juntámo-nos aos milhares de pessoas que todos os anos rumam ao país dos tedescos, mais propriamente à cidade de Munique, e fomos investigar por nós a tão famosa festa de Outubro (que dura mais em Setembro, mas vá-se lá perceber): o Oktoberfest! Gostaria muito de vos poder arranjar uma palavra exacta para descrever o espírito das pessoas mas não consigo. Digo-vos só que as pessoas usam todas o seu fato tradicional e vão para os beer halls beber, comer, cantar em cima das mesas, cantar, beber, beber, dançar. Arranjar um lugar sentado lá dentro é mentira.
Não fazia ideia de nada de Munique, agora que penso no assunto. A cidade em si, apesar de termos apanhado 4 dias de chuva (sim só ontem é que fez sol, damn), é linda, tem tanta história feliz de gente que gosta da sua cerveja e reis que instituem festanças anuais que duram até hoje, mas 850 anos de história - era o aniversário - deu para mais que isso. Hitler, nacional-socialismo, 3º Reich, a quase total destruição da cidade na II GM e a sua reconstrução tal como era anteriormente. Não fazia ideia de nada da Alemanha para ser sincera. Como disse a Marta, na escola só nos ensinam as coisas do outro ponto de vista.
Mas principalmente durante esta época, Munique é mais do que ventos cortantes, chuva e um frio que não se aguenta, e isso explica o aumento substancial da população que passa dos seus 1,2 milhões para 6 milhões. Para nós, foi não só aprender coisas que desconhecíamos totalmente mas também falar mais italiano do que falamos em Roma, passarmos por americanas, fazer amigos ao lado de um mass, conhecer gente de todo o lado.
Os Albertos vieram de Navarra sem albergue marcado sequer. A Vanessa tinha 17 anos e vivia com o seu namorado peruano em Berlim "todo mundo no Brasil faz isso". O Rob tinha vindo com o amigo que tinha uma namorada suíça e não tinha sotaque australiano porque vivia em Londres. O Gabriel "não sabia que tinha mulher assim tão bonita em Portugal". O outro Rob espantou-se por falarmos tão bem inglês e sabermos palavras como potty. O Michael estava a estudar na Grécia com um grupo de americanos - "why Greece?" - why not? respondeu-me ele. Já o Andy deixa a chave dentro do carro à porta de sua casa no Indiana. E o Dennis já esteve na guerra do Iraque.
Caetano disse e muito bem, realmente o mundo não é chato.
Fine.
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Pronta para escrever, faz hoje uma semana que voltei para Lisboa. Começando
por descrever os últimos dias: – Passei a todos os exames (foram 6 ao todo,
aaa...
Há 15 anos
2 comentários:
BFF,
aaaaaaaaaaah adorei as descriçoes adorei aquilo tudo que escreveste... tou a imaginar tudo tao bem... deve ser tao a frenteeee, tambem queroooo!! adorei o facto de entrares e saires da vida das pessoas assim... como se estivesses numas escadas rolantes e fosses entrando e saindo de casas como se fosse o único trajecto. adorei o facto de afirmares que descobriste uma nova perspectiva da deutschland (espero que nao tenhas experimentado o frikadelum nem a kartofelsalat)!
tou cheio de saudades tuas aqui. xoxo,
Z.
o mundo não é nada chato.
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